segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Setembro

Em meio a tantas flores, eu ainda me lembro.
A brisa leve soprava com um tom prévio de saudade; os raios que, lá pra Janeiro queimam sem igual, estavam limitados. Só o que havia era uma clima de paz, em meio as flores mais lindas que havia visto.
Então você chegou.
Senti-me sem ar por alguns segundos; depois aquele formigamento: era você mesmo!
Deitara ao meu lado e, com apenas um olhar, já havia se apossado de minha alma.
O sol se escondia, tornando o céu totalmente visível. As nuvens em metamorfose, em harmonia... Sentia o ar puro entrando em meus pulmões: vida!
Não se ouvia nada além do balanço das folhas.
Então, me beijara.
Aquele beijo parecia estar carregado: amor!
Doce e ao mesmo tempo violento.
Um surto de insanidade, controlando minha lucidez.
Não havia mais nada; éramos nós e só nós.
Me apertara com tanta estupidez, que a respiração se limitava.
Os pensamentos esvaeciam...
Não era fraco nem forte, rápido ou devagar: era o encaixe perfeito! Nossos lábios se completavam de uma maneira inexplicável. Com arrogância, estupidez; insanidade, desejo; e amor, muito amor.
Passamos a tarde toda assim, nos beijando loucamente como se o amanhã não nos espera-se. Então, o azul vai se apagando.
Deitara sobre meu corpo: quente, tremulo.
Me amara ali mesmo.
O vento soprava; uma brisa leve de saudade. E as flores caíam sobre nossos corpos...
Guardei comigo a que me destes.
Em meio á todas as outras, sempre me lembro...
Setembro.

26/12/2009

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