quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Hello, Stranger.

Ela era como uma prostituta. Uma vadia suja. E eu, eu a amava.
Me deitava com ela todos os dias desde quando nos conhecemos. Foram 10 dias.
Cada dia era como se estivessemos nos conhecendo naquele instante: ela me olhava de uma forma como se quisesse me seduzir, mas sabia ali mesmo, que eu estava em suas mãos.
Se deitava sobre meu corpo e me beijava; tirava as roupas com estupidez e me limitava de prazer.
Durante 9 dias ela gritava insana: EU TE AMO! EU AMO TUDO EM VOCÊ.
Então, fui vê-la novamente.
Ela não estava me esperando como nas outras vezes, estava sentada ao lado da cama com uma garrafa de vinho vazia e um cigarro aceso.
- Preciso falar com você.
- Aconteceu alguma coisa, Alice?
- Eu amo você Eduardo. Eu preciso de você comigo, sempre.
- Eu estou com você!
- Não! Eu quero mais!
- Mais?
- Você não me ama Eduardo?
- É claro que eu amo você... Mas não entendo o que está querendo dizer!
- Porque você tende morar com aquele filho da vagabunda da sua ex mulher?
- É meu filho Alice!
- Você me ama?
- Amo!
- Então livre-se dele.
- O que?!
- Eu tenho alguns comprimidos: coloque no leite e dê pra ele antes de dormir, não vai ter dor. Se me ama, terá de fazer isso.
- Você está bêbada! Eu não vou fazer isso!
- Ninguém precisa estar sóbrio para falar de amor! Se me ama, terá de fazer isso.

Sai do quarto com os comprimidos no bolso. Minha mão gelava. Só havia uma certeza: Alice me amaria pra sempre, e era isso o que importava.
Coloquei os comprimidos no leite e dei ao pequeno Lucas. Deitei ao lado e me despedi.
Na manhã seguinte, havia uma carta em baixo da porta, era de Alice!
Meu coração entrou em histeria!

"Você foi o melhor homem que tive durante toda minha vida Eduardo. Eu amo tudo em você! Eu amo tudo o que dói em você. Mas eu tenho que ir embora. Te amarei sempre, sempre. Alice"

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