quinta-feira, 15 de outubro de 2009

" é terror psicológico "

abra a porta agora, coloque seu melhor traje; abuse no disfarce e nos detalhes da máscara; porquê o baile á fantasia está começando ! As cortinas estão se abrindo; aplauda, aplauda.

Eu sinto muito quando as coisas fogem do padrão; quando o infinito azul se fecha e nuvens negras se aproximam para nos destruir. Eu sinto muito quando a lógica te corrói e os anjos começam a chorar; nuvens negras carregadas de lágrimas; transbordando doces gotas de ácidos sob nossos olhos. Eu sinto muito por não sentir totalmente a dor de não sentir nada; tão irrelevante quanto as luas e os sóis de todos os anos.

Então eu imploro que feche a porta agora; sinta-se nu por estar á vontade; sem disfarces; sem máscaras. Deguste o absinto e feche as cortinas; o show acabou. Aplauda, aplauda.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

" o que é o amor senão uma flor.. "


Tão raro quanto um diamante brusco; há quem diga que ele está perdido.. mas não, o amor não está perdido. Refugia-se aos céus ao invés dos banheiros.. ao longo das décadas me lembrar sorrindo, que o banheiro é a igreja de todos os bêbados; extraordinário infinito, expressa cada dor, cada nuvem como um obstáculo, que desaparecem aleatórias. Deixará as preces de lado; unifica a fé partindo de um único ponto, o amor. Egoísta; inusitado.
Mas querido, olhe para o céu agora!
tão calmo quanto o orvalho das manhãs.
Infinito azul; tão finito quanto seu sorriso diante meus olhos; tão assustador quanto a noite denunciando seus prantos, e seus olhos anunciando o brilho da lua.
Olhe para o céu agora querido!
Sinta a chuva como um alívio, e a brisa calma como ponto de equilíbrio.
O canário tão livre entre as flores; as flores e o orvalho. Tão simples quanto o amor; infinito azul; e seu sorriso diante meus olhos.
Bem e mal são irrelevantes quanto o ponto de paz das flores pela manhã... tão calmas, equilibradas; em paz. O que é o amor senão uma flor..

07/10/2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

tão claro em cada marca..


Constantemente mutável, facilmente alterado. Escolhas, rumos; tempo. Os sinais indicam o caminho certo, mas o universo conspira a favor do acaso. As razões, somadas, são nulas; o que te faz escrever torto nas entre-linhas desse horizonte ? Frente ao céu o oriente, pedi a fé que cesse com suas águas; as águas e o céu, um céu já sem lágrimas, limpído, sem mágoas. Porquê seríamos nós tão frágeis ? E se o azul agora no céu encontra-se com a vertigem de um verde; onde estariam as águas e por onde gritariam as águias ? E se longe das prisões o simples vôo de um beija-flor demonstra-se enfim a liberdade unificada ? O que tem o amor ao nascer do sol ? flamejante, intenso, nítido.. tão nítido quanto o brilho da lua refletido n'água. O que tem o amor ao brotar das rosas ? tão simples como diamantes lapidados. E esse paradoxo, tão confuso quanto a América, anuncia minha paranóia; irracional. Escolhas, rumos; tempo. As placas nos guiam, mas o motor é o extremo, e o extremo é o acaso. As razões, somadas, são nulas; e o que tem o amor quando escrevemos torto nas entre-linhas desse horizonte ?