terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Carta de Despedida

Deito agora frente ao céu onipotente: tudo é tão insignificante diante sua imensidão.
Reis, Gregos e Troianos;
reverencie diante aos céus sua tamanha insignificância.
Nuvens em formato de armas: esvaecem com um sopro inesperado de amor.
O sol, como um grande holofote, tocando meu rosto de uma maneira insana, alucinada:
- Oh luz! preencha o meu ser.
Dias e dias esperei por esse momento certo, talvez com uma incerteza tamanha, mas ainda sim, esperei; paciente.
Diria que estou ébria: engolindo seco o receio de talvez, não ter amado como deveria; tragando a dor de ter vivido calada; respirando fumaça negra; esvaecendo com o passar dos ponteiros.
Aos meus amigos, eu voltarei!
Aos inimigos (uma reverência), obrigada!
Porque seríamos nós tão frágeis? Nos desabando em lágrimas diante nossa única certeza? E porque não? Já que o preço do apresso é arriscar.
Cegarei minha visão, taparei meus ouvidos;
deixarei minha lucidez por sentir que ela não seja mais útil.
Anuncio minha paranóia: irracional, patética. Sem razões exatas, sem placas durante a estrada.
Quem é que precisa estar sóbrio para falar sobre a embriaguez da vida?
A vida, fenece como as flores...
Reis, Gregos e Troianos;
reverencie diante aos céus sua tamanha insignificância.
Nuvens esvaecem com um sopro inesperado.
"Quero inventar o meu próprio pecado, quero morrer do meu próprio veneno."
Diria que estou ébria: pois bem, traga-me mais uma dose escassa de amor, por favor.
Dias e dias esperei por esse momento certo, talvez com uma incerteza tamanha; mas ainda sim, esperei, paciente.
E agora, agora eu vou me retirar. Dormir para quem sabe nunca mais acordar, adeus.

Trabalho
Empreendedorismo - Prof. Marcelo Lima
23/11/2009

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