quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Uma vez fui colocada em uma cabine d'água , não por maldade, não me lembro ao certo... acho que era um truque, uma mágica; fui por livre-arbítrio mesmo.
Então me amarraram com uma camisa de força, bem apertada por sinal; mal conseguia respirar dentro dela.
Enfim, la dentro esta tudo " nos conformes ", me lembro da seguinte frase : não vou tirar você, tende se soltar e sair sozinha. Pensei comigo " claro que alguém vir me salvar. " Fui jogada.
Nos primeiros três minutos estava tudo fluindo naturalmente; of course! mais um minuto se passa e nada; via os rostos assustados da platéia olhando pra mim,e a face do maldito mágico pintada me olhava atentamente, com um leve sorriso seguido de uma reverência forjada. Começo a me desesperar.
Meus pulmões prestes a explodir com o pouco de ar que ainda me restava; meus braços inúteis lutando contra a camisa de força; meus olhos desesperados denunciando minha procura pelos sinais vitais. Aquilo era horrivel !, tentava gritar por socorro, mais isso só fazia com que meu ar fosse embora mais depressa, junto com minha lucidez que já não valia nada naquele instante.
Olho mais uma vez para o desgraçado que estava me matando sem o mínimo de escrúpulo; ele se curva diante a mim e sorri.
Ainda por cima zomba de mim, desgraçado oportunista e armador.
No meio do meu desespero vejo um trinco no vidro; começo a me debater, mas não tenho forças o suficiente para continuar, até entao quebrar o vidro e enfim respirar. A visão desaparece. As luzes se apagam. E a platéia desaparece.
O meu maior receio era não conseguir jamais sair daquela cabine, seguida da camisa de forças. O que eu não esperava era uma cabine sem água, sem travas; e uma camisa de forças inexistente.

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